Dermatite Perioral é uma doença que aparece na região da face, principalmente ao redor da boca e nariz, mas que pode evoluir para a área ao redor dos olhos, quando recebe a denominação de dermatite periocular. A doença pode afetar pessoas de qualquer idade, porém, é mais comum em mulheres na faixa entre 15 e 45 anos. 

A dermatite perioral se manifesta por meio de uma erupção na face, ao redor da boca, formando pequenas pápulas avermelhadas ou, rosadas, com ressecamento e descamação da pele, podendo evoluir também com pústulas em alguns casos mais agressivos. É comum observar uma fina faixa de pele poupada, mais próxima dos lábios. 

Devido ao curso da doença com períodos de exacerbação e calmaria, somados aos de combate às causas da doença (problemas respiratórios, correção respiração bucal, hábitos de higiene inadequados, dentre outras), a dermatite costuma responder bem ao tratamento, sendo que algumas semanas podem ser necessárias para uma melhora.

A suspensão do uso de cremes com corticosteroides é fundamental. Nos casos intensos e rebeldes, pode ser necessário recorrer a um “desmame” gradual, para evitar um efeito rebote com piora do quadro. Isso pode ser feito com um profissional experiente, por meio do manejo da medicação, com troca para um esteroide diferente, não fluorado e de potência menor, aplicações cada vez menos frequentes até a total interrupção.

O uso de imunomoduladores tópicos, como o Tacrolimus e Pimecrolimus, está indicado, principalmente quando se necessita de terapia coadjuvante e substituta ao corticoide.

Como restabelecimento da flora cutânea, os pacientes devem evitar o uso de sabonetes agressivos e cosméticos até a descamação e a fase aguda cederem.  Fazer compressas frias com chá de camomila gelado, água boricada ou água termal pode ser útil. Quanto à terapia específica, há inúmeros tratamentos que podem ser indicados pelo médico dermatologista, de acordo com cada caso. Alguns medicamentos tópicos poderão ser empregados como eritromicina, clindamicina, metronidazol, ivermectina tópica e ácido azelaíco. 

Nos quadros mais intensos, o médico pode prescrever também antibióticos por via oral, como a doxiciclina, amoxacilina com clavulanato e sulfas. A isotretinoina sistêmica também pode ser indicada em alguns casos mais resistentes.

Fonte:SBD

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